Como personalizar o aprendizado com uma educação diferenciada

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    Enquanto o mundo já está falando na educação 4.0, é importante entender de onde vem a educação, onde está e para onde vai. Os conceitos da educação 4.0 trazem a tecnologia (inteligência artificial e machine learning) como o centro de uma educação onde se aprende fazendo. A educação 4.0 não é uma utopia, mas antes de chegar lá as instituições precisam dominar a Educação 3.0, ter a base tecnológica necessária para essa evolução, ou como muitos dizem, para essa revolução. 

    A Educação 3.0 não é só um conceito. É o futuro da nova realidade educacional que se aproxima cada vez mais rápido. Estamos em um momento onde o aprendizado ocorre a partir de escolhas realizadas pelos estudantes, tornando-se praticamente o padrão. Onde os alunos estão se formando não apenas com qualificações, mas com a confiança necessária para embarcar em uma carreira.

    Mas como chegamos lá?

    Educação 1.0 

    A educação formal é algo que se desenvolveu organicamente pela necessidade de garantir a continuidade do conhecimento. Historicamente, aprender a ler e escrever não era um direito humano básico, mas um privilégio. E era um privilégio concedido apenas aos poucos selecionados que podiam pagar.

    A Educação 1.0 é muitas vezes citada como uma ‘educação essencialista’, onde um pequeno número de alunos aprende habilidades específicas por meio de métodos específicos. Está enraizado nos 3 R’s: receber, responder e regurgitar. Essencialmente, um aluno recebe conhecimento, responde aos métodos de aprendizagem e, finalmente, regurgita o que sabe.

    Até o final dos anos 1990/início dos anos 2000, um professor em uma sala de aula era realmente a principal fonte de conhecimento para os alunos. Bibliotecas existiam, é claro. Assim como soluções tecnológicas limitadas, como enciclopédias em CD. Mas os alunos dependiam em grande parte dos professores para aprender, com poucas outras opções disponíveis para eles.

    Este modelo educacional é em grande parte um sistema de mão única, onde o conhecimento é transferido de forma linear do professor para o aluno. E os benefícios dessa abordagem são evidentes. É um método que, em última análise, foi projetado para fornecer um resultado previsível, que é o que as instituições desejam. Elas querem ver seus alunos concluírem seus cursos.

    Mas começamos a perguntar: ‘poderíamos fazer mais para tornar a jornada educacional ainda melhor?’. ‘Poderíamos fazer mais para não apenas focar no ensino, mas garantir que os alunos aprendam?’ Esse foi o momento em que cursos online mais acessíveis  foram apresentados.

    Educação 2.0 

    À medida que mais famílias se conectaram à Internet, subitamente emergiu uma nova oportunidade de fornecer conhecimento de uma nova maneira, para mais pessoas. E, no início dos anos 2000, vimos o lançamento dos cursos online massivos e abertos, ou MOOCs (na sigla em inglês), que derrubaram barreiras e permitiram que os alunos aprendessem novas habilidades conectados praticamente de qualquer local.

    E assim nasceu a Educação 2.0, ficando conhecida mais como uma “educação humanista” devido ao grande número de aprendizes. Neste momento, a educação deixa de ser apenas para a elite ou para os privilegiados. Passa a ser para todos. Essa abordagem foi fundada nos 3 Cs: comunicar, contribuir e colaborar, com todos trabalhando juntos.

    O professor já não é a única fonte de informação. Embora os professores ainda desempenhem um papel importante no compartilhamento do conhecimento, neste momento tínhamos muito mais recursos online para apoiar o aprendizado e outros alunos para se apoiarem e aprenderem juntos.

    A Educação 2.0 transformou o cenário de um ensino linear entre professor e aluno para um círculo que conecta cada aluno e cada recurso. No entanto, também veio com um problema. A Educação 2.0 nasceu de grandes avanços tecnológicos. E, ironicamente, são os avanços contínuos na tecnologia que desencadearam seu fim.

    O cenário tecnológico está avançando em um ritmo acelerado. Tanto que novos caminhos e oportunidades na educação estão surgindo rapidamente – e isso porque a tecnologia está estimulando a diversidade nas abordagens de ensino.

    A forma como aprendemos mudou. Mas o que aprendemos não mudou. O resultado é praticamente o mesmo: uma pessoa com o mesmo conhecimento que todo mundo, mesmo que tenha adquirido esse conhecimento de uma maneira muito diferente.

    Com a tecnologia evoluindo tão rapidamente e as necessidades comerciais mudando tão rapidamente, não precisamos apenas ter maneiras diferentes de aprender: precisamos ter resultados diferentes. Precisamos de um grupo de talentos repleto de diversos conjuntos de habilidades, talentos diversos e extensas bases de conhecimento.

    E isso é resultado da maior flexibilidade na educação.

    Educação 3.0 

    A Educação 2.0 foi projetada para resolver o problema da dependência excessiva de um único recurso de aprendizagem. Ela mudou a forma como os alunos aprendiam. A Educação 3.0 foi criada para resolver outro desafio. Ela foi projetada para mudar o que os alunos de hoje estão aprendendo.

    A Educação 3.0 é uma ‘educação gerada pelo usuário’. Ela é construída em torno das necessidades individuais do aluno. Também está enraizada nos 3 Cs, mas desta vez estamos nos referindo a conectar, criar e construir. Estamos permitindo que os alunos tenham liberdade e flexibilidade para construir sua própria jornada de aprendizado para melhor se alinhar com seus próprios objetivos.

    No mundo da Educação 3.0, cada aluno tem uma história diferente e uma experiência de aprendizado diferente. Eles não absorvem todo o conhecimento da mesma maneira, nem todos estão aprendendo as mesmas coisas. Eles estão aprendendo as habilidades que são mais relevantes para seus objetivos e para seus próprios interesses e paixões, da maneira que melhor lhes convém.

    Assim, o papel do professor mudou. Antes vistos como a principal fonte de conhecimento, hoje os professores são guias. Eles são condutores da experiência de aprendizagem. Eles são apoiadores, ajudando os alunos a obterem o máximo valor possível de seu tempo na educação. E eles são fundamentais no desenvolvimento de uma nova geração de trabalhadores que têm o que é preciso para fazer mudanças reais e criar um amanhã mais brilhante e mais forte.

    O fim da jornada?

    Chegamos ao fim da jornada da educação? De jeito nenhum. Como vimos, a tecnologia está continuamente criando novas possibilidades e abrindo portas para novas abordagens, novas formas de pensar e novas metodologias. Impulsionada pela tecnologia, podemos esperar que a educação continue a evoluir para atender às necessidades em constante mudança das gerações futuras.

    Ambientes inteligentes que respondem às necessidades dos alunos já são uma realidade – mas os avanços de amanhã, impulsionados pelas mudanças nas necessidades dos alunos e pelos desafios das novas possibilidades, provavelmente serão igualmente, ou mais, transformadores. Estamos orgulhosos de estar na vanguarda dessa mudança tão emocionante.

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